Seu modelo de negócios está preparado para o novo agro?

Com o avanço da transformação digital e a sofisticação do agricultor, entender o modelo de negócios deixou de ser algo exclusivo de startups. Trata-se de compreender, de forma prática, como uma empresa cria, entrega e captura valor no mercado. Ao contrário da estratégia, que aponta o caminho competitivo, e do plano estratégico, que detalha as ações, o modelo de negócios foca na execução real da proposta de valor — ou seja, como se ganha dinheiro de forma consistente e sustentável.

A ferramenta que utilizamos oferece uma visão clara e integrada da lógica do negócio, permitindo alinhar as diferentes áreas da empresa e identificar oportunidades de inovação. Ela organiza o modelo em nove blocos fundamentais: segmentos de clientes, propostas de valor, canais, relacionamento com clientes, fontes de receita, recursos-chave,atividades-chave, parcerias-chave e estrutura de custos. Essa estrutura é particularmente poderosa em ambientes dinâmicos como o agro, onde o comportamento do cliente, a pressão sobre margens e o avanço da tecnologia exigem ajustes contínuos.

Modelos de negócios bem desenhados têm a capacidade de elevar a performance e a rentabilidade da operação. Basta observar alguns exemplos que estão reformulando o cenário.

A Solinftec, por exemplo, adotou um modelo baseado em inteligência artificial e cobrança por hectare/ano. Sua proposta de valor vai além do software: ela entrega eficiência operacional real, economizando recursos como combustível, mão de obra e tempo. Ao se posicionar como plataforma, transforma dados em decisões e se diferencia de concorrentes com estruturas mais tradicionais.

A Orbia é outro exemplo interessante. Ao conectar produtores, revendas e indústrias em uma plataforma digital com programa de fidelidade, ela reduz atritos, gera inteligência de mercado e monetiza a própria rede de relacionamentos.

Já a Grão Direto atua como um marketplace digital de grãos, eliminando intermediários e oferecendo mais transparência, agilidade e margem para produtores e compradores.

Essas empresas mostram que modelos bem pensados não apenas criam valor, mas reduzem custos e aumentam a margem de forma inteligente — um diferencial crítico em tempos de pressão sobre preços e necessidade de escalar com eficiência.

Mas como saber quando é hora de repensar o modelo de negócios? Alguns sintomas são claros: queda nas margens de lucro, perda de participação de mercado, redução na recompra por parte dos clientes, feedbacks negativos recorrentes, pressão de novos concorrentes com propostas mais modernas ou mais baratas. Esses sinais indicam que a lógica atual de criação e captura de valor pode estar desatualizada — e que chegou o momento de reavaliar a base do negócio.

Mais do que uma ferramenta, o modelo de negócios é uma nova forma de pensar o agro. E quem entende isso primeiro, sai na frente.

A StrategicAg apoia empresas do agronegócio a desenhar, revisar ou transformar seus modelos de negócios, conectando estratégia, operação e tecnologia para gerar valor real. Se sua empresa está em fase de crescimento, reposicionamento ou transição digital, podemos ajudar a estruturar um modelo mais eficiente, escalável e competitivo.

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp