Como o ROIC revela a resiliência das empresas do agronegócio brasileiro?

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O ROIC é uma medida crítica que avalia quão efetivamente uma empresa gera retornos sobre o capital investido em seu negócio. No agronegócio brasileiro, essa métrica varia significativamente entre os diferentes setores e empresas, revelando insights valiosos sobre dinâmica competitiva e excelência estratégica.


Análise segmento por segmento: o que gera maior ROIC?

1. Indústria de Soja e Óleos

  • ROIC Bunge Alimentos: 18,9% | Média do segmento: 7,1%
  • Vantagem competitiva da empresa: Economia de escala no processamento e distribuição. Portfólio diversificado de produtos, incluindo óleos especiais de valor agregado. Fortes operações orientadas para exportação, acessando mercados globais.

2. Bioenergia

  • ROIC Copersucar: 52,7% | Média do segmento: 7,8%
  • Vantagem competitiva da empresa: Operações verticais integradas na produção de cana-de-açúcar e etanol. Infraestrutura de capital intensivo cria grandes barreiras para novos participantes. Redes logísticas avançadas e parcerias com cooperativas.

3. Atacado e Varejo

  • ROIC Agro Amazônia: 19,0% | Média do segmento: 5,0%
  • Vantagem competitiva da empresa: Profunda experiência regional promovendo a fidelidade do cliente. Ofertas personalizadas atendendo às necessidades agrícolas locais. Gestão otimizada da cadeia de suprimentos para controle de custos.

4. Fertilizantes

  • ROIC Fertipar Mato Grosso: 53,1% | Média do segmento: 9,6%
  • Vantagem competitiva da empresa: Entrada antecipada em regiões importantes como o Mato Grosso. Misturas de fertilizantes personalizadas e fornecimento com boa relação custo-benefício. Fortes relacionamentos com agricultores, oferecendo suporte agronômico.

5. Cooperativas

  • ROIC Copagril: 16,3% | Média do segmento: 4,9%
  • Vantagem competitiva da empresa: Operações focadas nos membros garantem fidelidade e estabilidade no fornecimento. Diversificação entre entradas e saídas. Fortes laços comunitários, melhorando a reputação e a confiança.

6. Sementes

  • ROIC GDM: 54,2% | Média do segmento: 19,6%
  • Vantagem competitiva da empresa: Elevado investimento em P&D com foco no desenvolvimento de sementes de alto rendimento. Desenvolvimento de produtos alinhado as necessidades dos agricultores (variedades de ciclo precoce e alto teto produtivo deste o inicio dos anos 2000) Penetração no mercado global, diversificando fluxos de receita.

7. Defensivos Agrícolas

  • ROIC Koppert do Brasil: 23,3% | Média do segmento: 5,7%
  • Vantagem competitiva da empresa: Pioneira em soluções biológicas para proteção de cultivos. Diferenciação em relação aos defensivos químicos tradicionais. Parcerias com agricultores promovendo a sustentabilidade.

8. Máquinas e Equipamentos Agropecuários

  • ROIC Lindsay: 33,0% | Média do segmento: 17,1%
  • Vantagem competitiva da empresa: Liderança tecnológica em sistemas de irrigação. Expansão para regiões carentes e de alto crescimento. Produtos premium que aumentam a produtividade da fazenda.

Quais são as 3 lições que estas empresas com desempenho excepcional nos trazem?

Em um ano marcado por preços baixos de commodities e margens de lucro apertadas, essas empresas trazem insights importantíssimos sobre inovação, diferenciação, e lealdade.

1. Investimento em inovação possibilita a geração de valor.

2. Diferenciação e propostas de valor exclusivas reduzem a dependência dos preços das commodities.

3. Proximidade dos agricultores e fornecedores garante lealdade em todos os momentos, mas principalmente na “crise”.

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