O Brasil, uma potência agrícola global, enfrenta o desafio de equilibrar o aumento da produção de alimentos com a sustentabilidade ambiental.
Um estudo recente destaca uma solução realmente promissora: o reaproveitamento das áreas de pastagens degradadas para expansão agrícola. Com até 60% das pastagens do Brasil mostrando sinais de degradação, há um potencial significativo para converter essas áreas em zonas agrícolas produtivas sem invadir florestas nativas.
A pesquisa, conduzida por cientistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e outras instituições, utilizou análise geoespacial avançada para identificar aproximadamente 28 milhões de hectares de pastagens degradadas com alto potencial para cultivo. Essas áreas, que atualmente sofrem de baixo vigor vegetativo, podem aumentar a produção de grãos do Brasil em cerca de 35% em comparação com a temporada 2022/23.
A adição dos 28 milhões de hectares representa um aumento de aproximadamente 45% em relação a área que é atualmente destinada a agricultura no Brasil, com baixo impacto ambiental.
O estudo também enfatiza a importância da integração de sistemas de cultivo e pecuária e da melhoria do manejo da fertilidade do solo para restaurar essas terras degradadas de forma eficaz.
As implicações desta pesquisa são profundas. Ao focar em práticas agrícolas sustentáveis e evitar mais desmatamento, o Brasil pode atender à crescente demanda global por alimentos, preservando sua rica biodiversidade.