Porque mais é menos e como a cultura de abundância nos rouba a nossa satisfação.
Eu li o livro “O paradoxo da Escolha” de Barry Schwartz há alguns anos e posso dizer que a forma com que o autor aborda este tema é bastante revelador e por isso gostaria de compartilhá-lo de forma resumida neste texto.
A liberdade de escolha é um valor essencial para o indivíduo. Trata-se de um dogma tão enraizado em nossa cultura e, por esse motivo, sua veracidade deixou de ser questionada.
Acredita-se que quanto mais opções, maior é liberdade de escolha e por consequência maior o nível de bem-estar de um indivíduo. Parece lógico, não é?
Ao realizar inúmeros estudos, Barry verificou exatamente o contrário. Ele concluiu que o nível de satisfação das pessoas diminui à medida que são expostas a um número maior de possibilidades. E por quê?
O processo de escolha requer uma análise exaustiva do nosso cérebro e fazemos isso o tempo todo. Não somente queremos evitar uma má decisão, mas assegurar que ela seja a “melhor”. E mesmo assim, é comum o sentimento de arrependimento imaginando que as demais opções poderiam ter sido ainda melhores.
Em seus experimentos, o autor observou que o nível de satisfação das pessoas aumentava a medida que eram expostas a uma menor quantidade de opções. Interessante, não é?
Conclusão final, a satisfação está mesmo na simplicidade das coisas.